2 de nov. de 2009

Era um vez um ateu. Pronto, só de ser ler isso, você ja deve ter criado um péssimo conceito desse cara. É que ele acreditava nas pessoas. Sonhava com um mundo igual. Não via distinção dos seres humanos quanto a cor, sexualidade, credo, e principalmente, classe social. Mas tinha que esconder sua opção religiosa, já que coordenava vários projetos socias de ajuda a crianças com cancêr, orfãs, e um abrigo para idosos. Se as pessoas ao seu redor, as autoridades, e todos aqueles que de alguma forma o ajudavam soubessem que era ateu, imediatamente romperiam ou distanciariam qualquer tipo de relação com ele e aí seria impossível conduzir os projetos, já que contava com a ajuda financeira deles.
Ele era casado, tinha quatro filhos, dois meninos e duas meninas, donos de uma educação refinada. Dava aulas numa universidade local. Lia muito. Enfim era um intelectual sem fama.

Mas escondia esse fato, porque as pessoas são intolerantes, não aceitam posicionamentos diferentes, querem impor um opinião que muitas vezes nem sabe de onde vêm. São vítimas de um sistema que a cada dia se aperfeiçoa, pagam dizimo e nem sabe porque, rebecem um salário mínimo e doam um dinheiro que não sabem pra onde vai, quando este poderia estar contribuindo muito para que as coisas não faltem em casa, para que os filhos não tenham que trabalham em vez de estudar. São obrigadas a acreditar por puro medo, porque se não acreditarem vão pro inferno. Mas se venderem um eletrodoméstico e doar o dinheiro pra igreja a vaga no céu está garantida.
O problema é que a alienação e cultura de massa faz um mal tremendo pra população mundial. Se ela tivesse pelo menos um pouco de discernimento colocaria fim na maioria dos grandes males do mundo. Mas a alienação faz bem pra aqueles que tem discernimento e são maldosos. Porque se utilizando da ignorancia do povo, roubam indiretamente dinheiro dele, engana, e faz que aqueles acreditem que uma pessoas pelo simples fato de ser ateu é má, quando na verdade os maus são os que falsamente pregam a crença em nada.

Pode ser que alguem faça uma ligação a aquela confusão que vimos no horário nobre entre duas redes de televisão. Para mim são farinha do mesmo saco, se pudessem sumir do mapa seria um bem que fariam para o povo.

P.S.: Perdoem qualquer falha escrevi esse texto as pressas. Esse texto é muito mais sobre alienação que religião, peguei a religião como gancho pra falar de alienação.

Um comentário:

Mari Antonaci disse...

acho que a religão nesse texto foi muito mais do que um gancho.

"...quando na verdade os maus são os que falsamente pregam a crença em nada."

Essa frase foi uma das melhores...

Arquivo do blog

Pessoas que acompanham o Blog